O ano novo bate à porta e é comum começar a pensar no que está por vir. Afinal, nós somos levados, naturalmente, a fazer planos e a traçar objetivos.
Em muitos casos, tudo o que pensamos fica apenas no campo das ideias e não é, sequer, formalizado. Entretanto, quando as empresas atingem um certo nível de maturidade, esses pensamentos deixam de ser reflexões e começam a tomar forma, materializados no planejamento estratégico.
O problema é que muitas empresas demoram demais para amadurecer. Assim, demoram a entender que precisam de um plano maior que mova as pessoas e conecte o que está sendo feito. A falta de um norte estratégico causa muita confusão, divisão de esforços e falta de clareza. Em casos mais graves, pode até mesmo levar à falência!
Por isso, no artigo de hoje, eu gostaria de falar um pouco sobre a importância do planejamento estratégico.
A imagem do quebra-cabeça
O planejamento estratégico está comumente associado a peças de xadrez, bússolas ou alvos. Todas essas representações fazem sentido, mas, para mim, o planejamento estratégico é a imagem do quebra-cabeças.
Quando você compra um jogo desses na loja, você olha para a capa e escolhe o modelo. Escolhe a imagem que você quer montar. Então, depois, você monta pecinha por pecinha até completar a imagem que você escolheu.
Você conseguiria encaixar as peças se você não visse a imagem final antes de começar a montar? Provavelmente sim, você conseguiria, entretanto com mais dificuldades, sem saber por onde começar ou qual o melhor caminho. (Também é possível que encaixasse algumas peças no lugar errado, haha!)
O planejamento estratégico
Uma empresa é um conjunto de peças, como as do quebra cabeça. Dessa forma, cada uma tem seu papel e importância, a falta de uma única unidade deixa a obra incompleta. Por sua vez, a imagem final é o que a empresa espera para si mesma. Alguns podem chamar isso de Visão (aquela do “Visão, Missão e Valores“).
Quando a empresa não sabe qual é a imagem final que quer montar, ela provavelmente vai alocar as pecinhas nos lugares errados. Isso significa aplicar esforços nas tarefas erradas, investir recursos onde não deveria, executar processos que não trazem resultado.
O mais importante de tudo, quando você não sabe o resultado final, você não consegue trabalhar de forma inteligente!
O Que permite buscar os Como’s
Quando você sabe o que está fazendo e porque está fazendo, é possível melhorar e crescer. Se você sabe, por exemplo, qual é a imagem final do quebra-cabeça, você consegue separar as peças por região. Consegue ver mais claramente são as bordas e montar tudo mais rápido e facilmente. É essa imagem final que o planejamento estratégico busca fornecer à empresa e às pessoas.
Há casos mais complexos que outros, é claro. Afinal, mesmo que você não conheça a imagem final do quebra-cabeça, ela está lá, esperando para ser montada. Entretanto, em algumas empresas, as pessoas não sabem sequer que estão montando algo. Elas não entendem, por exemplo, que há alguém esperando por suas entregas. Não entendem que há toda uma cadeia de valor envolvida nos processos da empresa.
Nesses casos mais complexos, mais que nunca, o planejamento estratégico é vital. Ele deve ajudar a mostrar esse horizonte mais amplo, direcionando as pessoas. Somente a partir disso é possível traçar planos de ações e, de fato, executar a estratégia.
Planejamento estratégico, tamanho e contexto da empresa: apenas faça!
Não importa se você tem 1, 2 ou 10 colaboradores. Se o seu contexto permite ou não envolver todos na empresa.
O importante é conhecer (ou descobrir) a imagem final do seu quebra-cabeça. O planejamento estratégico é que vai trazer isso à tona. Tudo é e sempre será como na celebra frase do Gato, de Alice no País das Maravilhas:
“Quando não se sabe para aonde vai, qualquer caminho server”
